WEC Fuji marca centenário do mundial de endurance com Ferrari na briga pelo título
- Carlos Rossi | Kabé
- 25 de set.
- 5 min de leitura

Montadora italiana pode conquistar campeonato de construtores na histórica etapa japonesa
O Campeonato Mundial de Endurance da FIA alcança sua centésima corrida oficial neste domingo, 28 de setembro, às 23h (horário de Brasília), no icônico autódromo japonês que fica ao pé do monte mais famoso do país asiático. A marca italiana de Maranello tem a oportunidade de selar matematicamente o campeonato de construtores diante de milhares de torcedores nipônicos que tradicionalmente apoiam a montadora local.
Desde 2019, a Toyota domina absolutamente a competição entre fabricantes, mas 2025 representa o fim deste reinado. O Cavallo Rampante lidera com folga a classificação e pode encerrar definitivamente as esperanças adversárias ainda nesta etapa. Para isso, precisará superar o ressurgimento da Porsche, que quebrou jejum de vitórias conquistando o primeiro lugar no Texas há poucas semanas, com o trio Kévin Estre, Laurens Vanthoor e Matt Campbell.
Curiosamente, a última celebração da equipe # 6 da Porsche Penske Motorsport havia acontecido exatamente neste mesmo circuito há doze meses. Naquela ocasião, Estre, Vanthoor e André Lotterer subiram no degrau mais alto do pódio, impulsionando suas chances pelo título mundial. O francês e o belga retornam como dupla titular e podem adiar a festa italiana caso repitam o feito de 2024.
A confiança italiana permanece inabalável apesar dos desafios conhecidos. "Estamos atualmente liderando as classificações do Campeonato Mundial de Construtores e Pilotos: confiantes em nosso potencial e tendo sido líderes em todas as corridas desta temporada, exceto São Paulo, abordamos a penúltima etapa do ano buscando uma corrida sem erros para consolidar nossas posições", declara James Calado, que junto com Alessandro Pier Guidi já conquistou duas vezes o título da extinta GTE Pro neste traçado.
O veterano Pier Guidi reconhece as dificuldades técnicas pela frente: "Nosso primeiro objetivo em Fuji é dar o nosso melhor para garantir o melhor resultado possível e permanecer no topo da classificação do campeonato mundial. Sabemos que não seremos favoritos nesta pista, devido às suas características técnicas – como já vimos nos últimos anos – então espero umas 6 Horas desafiadoras."
Na batalha individual pelos hipercarros, o duelo se concentra inteiramente dentro da própria Ferrari. Apenas quinze pontos separam a equipe oficial AF Corse # 83 (189 pontos) da AF Corse # 99 Proton Competition (117 pontos). Antonio Giovinazzi celebrará sua vigésima quinta largada na categoria principal - coincidentemente, sua estreia no WEC aconteceu nesta mesma pista em 2016.
O italiano não esconde a cautela com base no histórico recente: "Não alcançamos grandes resultados nos últimos dois anos em Fuji: o circuito japonês tem se mostrado difícil para nós até agora. Espero uma corrida desafiadora, mas chegamos com bom humor, tendo conquistado pontos valiosos para a classificação mundial de Construtores e Pilotos no COTA."
A preparação técnica recebeu atenção especial da equipe italiana. Ferdinando Cannizzo, Chefe da Ferrari Endurance Race Cars, explica: "O trabalho de simulador realizado na preparação permitiu que nossos engenheiros e pilotos testassem diferentes ideias de configuração, buscando a melhor relação custo-benefício em uma pista que apresenta uma reta muito longa, além de uma seção altamente técnica com curvas lentas e rápidas e mudanças bruscas de direção."
Miguel Molina, que celebrou sua primeira vitória no WEC neste circuito em 2017 com o 488 GTE, demonstra otimismo calculado: "Estamos entrando na fase final do campeonato e sabemos que cada ponto é crucial para alcançarmos nosso principal objetivo do ano – o título mundial para a Ferrari – e garantir a melhor posição possível para nossa equipe na classificação de pilotos."
Antonio Fuoco, companheiro de Molina no 499P # 50, reforça a mentalidade competitiva: "Há três semanas, no COTA, voltamos ao pódio com o nosso 499P número 50: esse resultado foi valioso para o nosso moral como pilotos e para os pontos que conquistamos para a Ferrari. Entramos nas 6 Horas de Fuji determinados a permanecer na liderança."
Nicklas Nielsen, terceiro integrante do trio # 50 da Ferrari, destaca os aspectos únicos do desafio japonês: "Este circuito é único no calendário do Campeonato Mundial devido ao seu traçado, combinando uma reta muito longa com trechos mais técnicos que apresentam diferentes tipos de curvas. O clima, sempre imprevisível no Japão, e a gestão do tráfego e dos carros GT ultrapassados nos trechos mais lentos serão fundamentais para determinar o resultado final."
O circuito japonês, propriedade da Toyota desde o ano 2000, presenciou nove triunfos da marca local em onze disputas realizadas, representando quase um quinto de todas as vitórias da montadora nipônica no campeonato. Contudo, os atuais campeões mundiais vivem momento delicado, acumulando seis corridas consecutivas fora do pódio - a pior sequência da era atual.
Sébastien Buemi detém o recorde individual de vitórias nas 6 Horas de Fuji, com quatro triunfos conquistados. O tetracampeão suíço pilotará novamente o TOYOTA GAZOO Racing GR010 Hybrid # 8, buscando ampliar sua marca pessoal neste traçado que combina a segunda menor extensão do calendário (4,563 km) com uma das retas principais mais extensas do automobilismo mundial (1,475 km), permitindo velocidades superiores a 330 km/h.
O equilíbrio competitivo atual sugere disputa bem mais ampla que o tradicional trio Ferrari-Porsche-Toyota. A Cadillac garantiu sua primeira pole position no Japão em 2024 e desde então somou mais duas posições de honra, além do espetacular triunfo brasileiro através de performance dominante. A BMW conquistou seu primeiro pódio na categoria máxima precisamente neste autódromo, dividindo o palanque com a Alpine, que também brilhara anteriormente com seu antecessor A480.
A Peugeot registrou seu melhor resultado coletivo da era Hypercar em Austin, corrida na qual o Valkyrie da Aston Martin demonstrou seu desempenho mais competitivo desde a estreia. Ambas as equipes tentarão manter o ritmo ascendente durante o fim de semana japonês.
Antonello Coletta, Diretor Global da Ferrari Endurance e Corse Clienti, resume a expectativa italiana: "Tivemos um ótimo desempenho há três semanas em Austin, e foi apenas uma colisão envolvendo o 499P número 51 que nos impediu de sair dos Estados Unidos com uma pontuação maior. Mesmo assim, mantivemos nossa liderança na classificação do Campeonato Mundial e seguimos para o Japão com o objetivo de defendê-la, conquistando o melhor resultado possível."
Na categoria LMGT3, a imprevisibilidade marca a temporada 2025. Quatro diferentes montadoras foram as últimas quatro vencedoras - Ferrari, Porsche, Lexus e McLaren. Jamais uma classe GT presenciou cinco fabricantes diferentes vencendo consecutivamente, recorde que pode ser quebrado no Japão.
A liderança pertence à # 92 Manthey com 95 pontos, seguida pela # 21 Vista da Córsega (76 pontos) e # 33 TF Sport (66 pontos). Doze meses atrás, a Ferrari Vista AF Corse # 54 emergiu da nona colocação no grid para conquistar a vitória - terceira maior recuperação da história da categoria. Após perder os pontos da última etapa por punição pós-prova, a equipe italiana busca reabilitação imediata.
A Manthey tentará repetir o desempenho que garantiu o campeonato de 2024 com seu Porsche 911, enquanto Ferrari e Aston Martin compartilham o recorde de mais sucessos GT neste circuito. Já as expectativas locais ficam para Marino Sato, natural de Yokohama, que chega embalado por seu primeiro triunfo no WEC através da United Autosports no Texas. O piloto de 26 anos também detém o melhor tempo de LMGT3 já registrado nesta pista.
Quatro pilotos que disputaram a corrida inaugural em Sebring (2012) estarão presentes: Loïc Duval, Frédéric Makowiecki e Neel Jani nos hipercarros, além do líder LMGT3 Richard Lietz. O traçado, originalmente concebido como superspeedway totalmente inclinado antes da conversão que trouxe a Fórmula 1 à Ásia pela primeira vez em 1976, oferece cenário espetacular sob a majestosa silhueta do Monte Fuji.
As atividades começam na sexta-feira, 27 de setembro, com treinos livres. A classificação e a crucial disputa da Hyperpole acontecem sábado às 2h20 (horário de Brasília), enquanto a largada histórica está marcada para domingo às 23h.
Carlos Rossi / Red Line Motorsport
Jornalista e Repórter Fotográfico




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