Suzuki analisa desempenho em Magny-Cours e mira etapas finais do GT World Challenge Europe
- Carlos Rossi | Kabé
- 5 de ago.
- 3 min de leitura

Após conquistar pole inédita na Bronze Cup, piloto brasileiro avalia resultados e prepara sequência de competições
O automobilismo brasileiro ganhou um novo marco histórico no último fim de semana quando Rafael Suzuki se tornou o primeiro piloto a conquistar uma pole position na categoria Bronze Cup do GT World Challenge Europe Sprint. O feito aconteceu no circuito de Magny-Cours, na França, onde o piloto superou competidores experientes para garantir a primeira colocação no grid de largada, embora os resultados das corridas não tenham correspondido ao desempenho excepcional mostrado na classificação.
O circuito francês de Magny-Cours testemunhou um momento singular para o automobilismo nacional. Competindo contra adversários de alto calibre, incluindo pilotos de fábrica que também disputam outras categorias internacionais como a Fórmula E, Rafael Suzuki alcançou um patamar inédito ao garantir a pole position na Bronze Cup.
"A pole foi uma boa surpresa, bem legal, porque disputei contra vários pilotos profissionais de fábrica, que correm em dupla com os pilotos bronze. Nomes como Jake Dennis, que também disputa a Fórmula E, Ricardo Feller, entre outros caras muito bons", destacou o piloto brasileiro.
A conquista ganhou ainda mais relevância considerando as condições adversas enfrentadas durante os treinos. Sem a oportunidade de utilizar pneus novos em sessões livres de bandeiras vermelhas, Suzuki demonstrou adaptabilidade ao assegurar não apenas a primeira posição na sua categoria, mas também o 11º lugar no grid geral entre os 40 competidores presentes.
Entretanto, o potencial demonstrado na classificação não se traduziu em resultados correspondentes durante as duas corridas do fim de semana. Pilotando o Aston Martin # 270 da equipe Comtoyou ao lado de Baptista, a dupla enfrentou contratempos que impediram a materialização de um desempenho superior.
O primeiro dia de competições trouxe frustrações específicas que comprometeram as aspirações de pódio. "Na corrida de sábado, infelizmente perdi algumas posições, porque uma Ferrari rodou e eu fiquei mal posicionado. Daria para brigar por um top-5, mas desta vez escapou", explicou Suzuki sobre o oitavo lugar conquistado na corrida inicial.
A segunda prova apresentou desafios diferentes, com problemas operacionais afetando diretamente a estratégia da equipe. Questões durante a parada nos boxes forçaram uma intervenção adicional que custou posições valiosas, resultando no décimo lugar final. "Já na prova de domingo, o Ricardo vinha perto pelotão, mas a gente teve um problema no pit stop e tive que voltar e fazer uma parada extra", relatou o piloto.
Apesar dos resultados aquém das expectativas, a análise geral do fim de semana aponta para uma evolução significativa no desempenho. Comparando com participações anteriores, Suzuki identificou progressos importantes que indicam competitividade crescente no campeonato europeu.
"Foi muito melhor do que em Zandvoort, lembrando que eu não corri em Misano - pelo conflito de datas com a Stock. Ficou a sensação de que estamos muito competitivos, mas faltaram os resultados", concluiu o piloto.
O calendário internacional reserva ainda uma oportunidade para Suzuki no GT World Challenge Europe Sprint. A quinta e derradeira etapa acontecerá em Valência, na Espanha, entre 19 e 21 de setembro, oferecendo nova chance de converter a competitividade demonstrada em resultados concretos.
Antes disso, porém, o piloto retorna ao cenário nacional para a quinta etapa da Stock Car, programada para os dias 16 e 17 de agosto em Curvelo, Minas Gerais, mantendo assim sua agenda dividida entre compromissos nacionais e internacionais.
Carlos Rossi – Kabé / Red Line Motor Sport
Jornalista | Repórter Fotográfico
Sugestão de pauta: Assessoria Rafael Suzuki, Alfredo Bokel


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