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Brasília reabre autódromo após mais de uma década e recebe etapa decisiva da Stock Car 2025

  • Foto do escritor: Carlos Rossi | Kabé
    Carlos Rossi | Kabé
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura
Brasília reabre autódromo após mais de uma década e recebe etapa decisiva da Stock Car 2025
Felipe Fraga (Duda Bairros/BRB Stock Car)

Circuito reformado volta à atividade com traçado mais extenso do país e corrida que definirá finalistas do campeonato


A principal categoria do automobilismo nacional retorna à capital do país para uma etapa que promete redefinir os rumos da disputa pelo título. O traçado brasiliense, que permaneceu inativo por mais de uma década, inaugura sua nova fase recebendo a 11ª rodada da temporada nos dias 29 e 30 de novembro, marcando o penúltimo capítulo antes da decisão final programada para Interlagos.


O complexo brasiliense passou por transformações estruturais que o credenciam novamente como palco das principais competições do esporte a motor brasileiro e sul-americano. A reinauguração encerra um hiato de onze anos desde a última vez que os motores rugiram oficialmente na pista do Distrito Federal, ausência iniciada após a temporada de 2014, quando Átila Abreu e Thiago Camilo subiram ao lugar mais alto do pódio nas duas corridas realizadas naquele fim de semana. Felipe Fraga, então novato na categoria, conquistou a pole position naquela ocasião.


Com 5.384 metros de desenvolvimento, o traçado brasiliense assume a posição de circuito mais extenso em operação no automobilismo brasileiro atual. Percorrido no sentido horário, o layout reúne dezesseis curvas distribuídas entre nove inflexões para a direita e sete para a esquerda. As intervenções realizadas priorizaram segurança e funcionalidade: a reta principal mede quinze metros de largura, enquanto os demais setores mantêm catorze metros. O projeto de proteção instalou noventa mil pneus em barreiras, dez mil metros de guard-rails, quarenta mil metros quadrados de caixas de brita e mais de 3.500 metros de zebras nos padrões estabelecidos pela FIA e FIM.


A história do autódromo remonta a 1974, quando o então presidente Emílio Garrastazu Médici inaugurou as instalações com uma prova extracampeonato da Fórmula 1, vencida por Emerson Fittipaldi. A Stock Car estreou ali já na primeira temporada da categoria, em 1979, acumulando trinta e nove provas até o encerramento das atividades. Entre 2002 e 2014, todas as corridas aconteceram no anel externo, configuração com 2.919 metros. Paulo Gomes, tetracampeão da categoria, detém o recorde de vitórias no circuito com sete triunfos. Entre os competidores atuais, Cacá Bueno lidera as estatísticas locais e é o único piloto do grid que competiu na versão integral do traçado ainda nos anos 1990, quando disputava a então chamada Stock B, atual Stock Light. O pentacampeão vem embalado após conquistar pódio na estreia do Autódromo Internacional de Mato Grosso, em Cuiabá.


A etapa brasiliense chega em momento crucial da temporada, com oito pilotos matematicamente vivos na disputa pelo troféu quando consideradas as pontuações absolutas. Felipe Fraga comanda a classificação com 790 pontos pela Eurofarma RC, seguido pelo companheiro de equipe Gaetano Di Mauro, que soma 722 tentos. Enzo Elias, representante da Scuderia Bandeiras e um dos três pilotos da casa, aparece em terceiro lugar empatado com Gabriel Casagrande (A.Mattheis Vogel) em 618 pontos.


O tricampeão Casagrande segue na briga pelo título, haja vista que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva rejeitou recurso apresentado por Rafael Suzuki e pela TMG Racing contra a desclassificação imposta na corrida principal da oitava etapa, disputada em 5 de outubro no Velocitta. A punição mantida pelo tribunal resultou na perda da vitória pelo paulista e pela equipe de Americana, com Casagrande herdando o triunfo que havia sido temporariamente devolvido a Suzuki por liminar com efeito suspensivo.


Arthur Leist (Crown Racing) ocupa a quinta colocação com 605 pontos, dois à frente de Guilherme Salas (Valda Cavaleiro Sports), que soma 603. Thiago Camilo (Ipiranga Racing) aparece na sétima posição com 592, enquanto outro brasiliense, Nelson Piquet Jr. (Scuderia Bandeiras Sports), soma 575 pontos em oitavo. Julio Campos (Crown Racing) é o nono com 494, e Ricardo Maurício (Valda Cavaleiro Sports), que conquistou duas vitórias em Cuiabá ganhando o apelido de Rei da capital mato-grossense, completa o top-10 com 487 pontos.


Restam 274 pontos em disputa considerando as etapas de Brasília e a Super Final BRB marcada para 13 e 14 de dezembro no Autódromo Internacional José Carlos Pace. Os descartes das cinco piores pontuações de cada competidor serão aplicados após o encerramento da rodada no Distrito Federal. Todos os pilotos que mantiverem diferença inferior a 137 pontos em relação ao líder seguirão com chances matemáticas de erguer a taça mais disputada do automobilismo brasileiro em 2025 na decisão paulista.


Carlos Rossi / CARR Press

Jornalista e Repórter Fotográfico

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