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Stock Car: A arte de vencer no ritmo dos milésimos

  • Foto do escritor: Carlos Rossi | Kabé
    Carlos Rossi | Kabé
  • 5 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de abr.

Stock Car: A arte de vencer no ritmo dos milésimos
Super Final em Interlagos, 2025 (Carlos Rossi - Kabé / Red Line MS)

Stock Car 2024 prova que cada milésimo conta em um dos campeonatos mais equilibrados do planeta


São Paulo, 05 de Fevereiro de 2025 - Em um campeonato recheado de nomes pesados — com passagens por Fórmula 1, Indy, Endurance, Nascar e tantos outros palcos do automobilismo —, arrancar uma pole ou cruzar a linha de chegada em primeiro lugar na Stock Car 2024 foi para poucos. A começar por Belo Horizonte, no circuito montado em volta do Mineirão, que estreou na temporada e já entregou um aperitivo do que viria pela frente: na primeira classificação, a diferença entre os dois primeiros colocados foi de meros cinco milésimos de segundo. Isso mesmo, menos do que um piscar de olho cansado.


Na ocasião, Daniel Serra foi quem cravou a pole ao superar Felipe Baptista por essa margem microscópica. E não foi um ponto fora da curva: ao longo do ano, diversas tomadas de tempo foram decididas por vantagens igualmente mínimas (confira os números mais abaixo).


Meio segundo: o novo abismo da velocidade

Goiânia, sempre ela, serviu como termômetro da loucura que virou a disputa por posições em 2024. Só no Q1 — quando todo mundo entra na pista — o traçado goiano viu, em novembro, mais de dois terços do grid separados por menos de 0s5. E em julho foi quase a mesma coisa, com 64% dos pilotos enfiados dentro da mesma fração de segundo. Em Cascavel, a maluquice atingiu outro nível: 26 dos 27 carros ficaram no mesmo segundo. Em Goiânia, 26 de 28 fizeram o mesmo. Ou seja, na Stock, a margem de erro é quase tão pequena quanto a paciência de piloto preso atrás de retardatário.


Corridas que terminam no bafo

E não é só na classificação que os milésimos brilham. Nas corridas, também foi tudo no fio da navalha. No Velopark, Vitor Baptista venceu Gianluca Petecof por menos de sete décimos. No Velocitta, Daniel Serra cruzou a frente de Felipe Baptista com menos de nove. Já em Buenos Aires, o duelo entre Gabriel Casagrande e Thiago Camilo beirou o épico: Casagrande usou o push-to-pass na última volta e, após mais de 100 km de prova, garantiu a vitória por pouco mais de um segundo — resultado crucial para a conquista do título.


Disputa no DNA

Esse caráter impiedosamente competitivo da Stock Car não nasceu ontem. Desde o início dos anos 2000, a categoria vem se moldando como uma das mais niveladas do mundo, unindo regulamento afiado, carros equilibrados e um grid em que qualquer um pode vencer. E os números não deixam mentir: dos 33 pilotos que alinharam no mínimo uma vez em 2024, 23 subiram ao pódio. E 16 deles venceram corridas. Se isso não é competitividade, nada mais é.


Carlos Rossi - Kabé | Red Line Motor Sport

Jornalista | Repórter Fotográfico

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