McLaren pronta para duelar no deserto na primeira corrida noturna da temporada, e Verstappen ameaça liderança de Norris
- Carlos Rossi | Kabé
- 9 de abr.
- 3 min de leitura

Equipe chega ao GP do Bahrein embalada por dois pódios e com foco em manter consistência sob os desafios do calor, do vento e das condições variáveis do circuito de Sakhir
Com 62 pontos no campeonato, Lando Norris chega ao Bahrein com a liderança da temporada frotemente ameaçada, estando apenas um ponto à frente do tetracampeão Max Verstappen. A disputa entre os dois promete esquentar ainda mais, especialmente após o desempenho dominante de Verstappen no GP do Japão. Lá, o piloto da Red Bull quebrou o recorde da volta mais rápida, cravou a pole e venceu o GP de ponta a ponta — um aviso claro de que está chegando mais forte do que se esperava.
Depois de três etapas marcadas por desempenho sólido e crescente, a McLaren desembarca no Bahrein para a quarta etapa da temporada 2025 da Fórmula 1, que se caracteriza como a primeira corrida noturna do ano. Apesar de a McLaren nunca ter vencido no Circuito de Bahrein, pode-se dizer que possui um histórico positivo com boas recordações, como a lendária recuperação de Kimi Räikkönen em 2005 quando largou de 22º lugar e recebeu a quadriculada na terceira posição.
O circuito, com 5,412 km de extensão e 15 curvas variadas, é um dos mais completos do calendário. Ele oferece múltiplas oportunidades de ultrapassagem e foi projetado especialmente para corridas com muitas disputas. As zonas de DRS nas retas e a combinação de curvas técnicas com trechos de alta velocidade tornam o Bahrein uma pista estratégica e exigente — para pilotos e engenheiros.
Lando Norris, que chega motivado após dois pódios consecutivos, destacou a mudança nas condições de pista:
“É a primeira corrida noturna da temporada, então estou ansioso para ver o que podemos fazer em condições diferentes das que tivemos até agora. Estamos em um bom momento. Cada ponto importa, e vamos continuar buscando mais.”
Oscar Piastri também expressou confiança, destacando o ritmo forte e o bom desempenho do MCL39:
“Tivemos três fins de semana muito encorajadores. O carro está ótimo, e isso é mérito total da equipe. Estou animado para voltar à pista e continuar essa evolução.”
O chefe de equipe, Andrea Stella, reforçou o otimismo com os aprendizados acumulados, mas manteve os pés no chão:
“Tivemos um bom resultado em Suzuka, e agora voltamos ao Bahrein para enfrentar novos desafios. Sabemos que o carro tem potencial, mas seguimos realistas sobre o trabalho que ainda temos a fazer. A queda de temperatura ao longo da corrida, a areia, o vento e a visibilidade sob os holofotes exigem atenção aos mínimos detalhes.”
Desafios de correr no deserto
O GP do Bahrein se diferencia por começar no pôr do sol e terminar sob luzes artificiais, o que implica variações de temperatura que afetam o desempenho dos pneus, a aderência e até a aerodinâmica. Com temperaturas que podem cair de 25°C para até 18°C ao longo da prova, o acerto dos carros se torna um verdadeiro quebra-cabeça.
Além disso, o vento do deserto é imprevisível — podendo mudar de direção drasticamente, trazendo areia para a pista e para os sistemas de arrefecimento dos carros. A visibilidade também muda com a troca de luz natural para os refletores, exigindo ajustes até mesmo nas viseiras dos capacetes.
Com um grid apertado e cada detalhe fazendo diferença, a McLaren entra no fim de semana em Sakhir com o objetivo claro: manter a regularidade, aproveitar cada oportunidade e seguir firme na disputa pelos lugares mais altos do pódio.
Carlos Rossi – Kabé / Red Line Motor Sport
Jornalista | Repórter Fotográfico
MTb nº 0097.123/SP
Contato: (11) 98265-9996
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